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APRESENTAÇÃO

A ideia do NEUROTRAUMABRASIL nasceu e sedimentou-se ao longo da experiência de vários colegas neurotraumatologistas no período em que eram membros colaboradores do departamento de trauma e terapia intensiva da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. Acreditamos que a interação entre as diversas especialidade que tratam do fenômeno TRAUMA, em seus diversos aspectos, possa contribuir para melhoria no atendimento ao paciente politraumatizado de uma maneira geral. Este é um espaço de discussão VIRTUAL, não pretendendo  disputar ou reivindicar espaço com nenhuma Sociedade de Especialidade.

Por isso, o NEUROTRAUMABRASIL foi criado para prover uma discussão independente sobre TRAUMA, sem vínculos políticos, com o objetivo de:

  • Trocar experiências;

  • Oferecer um local alternativo para que esta comunidade virtual busque informações atualizadas;

  • Propor soluções de atendimento destes pacientes que satisfaçam as necessidades locais de cada região em particular;

  • Integrar especialidade médicas e profissionais afins numa comunidade única.

Para gerenciar os diversos objetivos mencionados em objetivos principais, criamos diversos grupos de trabalho, onde os membros doam parte de seu tempo voluntariamente.

A PROBLEMÁTICA

Trauma é uma endemia nacional, cujos níveis estão em ascensão. O neurotrauma é apenas uma das  facetas do trauma e do paciente politraumatizado. O traumatismo crânio-encefálico(TCE) grave é diagnosticado mundialmente quando o paciente atinge o escore de 8 ou menos na escala de coma de Glasgow. É a maior causa de morbidade e mortalidade, particularmente em homens jovens. As sequelas associadas ao TCE grave são funcionais, sociais e econômicas.

Achados clínicos e experimentais nas últimas três décadas indicam que a lesão cerebral não é causada somente pelo impacto (lesão primária), mas também por um processo que sucede a lesão primária, iniciando-se horas e dias após o trauma inicial (lesão secundária).

Excetuando-se a prevenção, não existem muitas condutas a serem adotadas no intuito de se minimizar a lesão primária, de tal forma que a abordagem do problema deverá focalizar a prevenção e tratamento das lesões secundárias. As lesões secundárias podem resultar de causas intracranianas (lesões com efeito de massa, inchaço cerebral focal ou difuso, hipertensão intracraniana, convulsões, vasoespasmo ou infecção) e / ou causas extracranianas ( hipotensão arterial – PA sistólica < 90mmHg, hipóxia, hiper/hipocapnia, hiper/hipoglicemia, anemia, pirexia, distúrbios hidroeletrolíticos, coagulopatia e infecções). O resultado é a isquemia cerebral, a falência energética, a inflamação, o stress oxidativo e, por fim, a morte neuronal.

Para prevenir ou tratar a lesão cerebral secundária, atualmente preconiza-se manter pressão de perfusão cerebral (PPC) alvo > 60mmHG, euvolemia e normoventilação, sempre que possível, no intuito de se melhorar a hemodinâmica cerebrovascular. Intervenções específicas como analgesia, sedação, drenagem liquórica, hiperventilação controlada, osmoterapia (manitol e/ou solução salina hipertônica), craniectomia descompressiva, coma barbitúrico e hipotermia terapêutica tem o seu lugar e momento certo a serem utilizadas.

A abordagem deste problema de saúde pública deve ser multidisciplinar em seus diversos aspectos. Vivemos num país de dimensões continentais, econômica e culturalmente heterogêneo, onde Estados vizinhos na Federação divergem em muito nos serviços oferecidos à população, afetando a prestação de serviços de Saúde.

OBJETIVOS

  • Promover interação entre a NEUROCIRURGIA e as diversas especialidades médicas envolvidas no atendimento ao TRAUMA.

  • Criar e manter uma fonte ágil de informação para a comunidade neurocirúrgica brasileira e de especialidades afins sobre os procedimentos e condutas adotadas (aprovadas) pela comunidade neurocirúrgica internacional.

  • Criar e manter possibilidades de pesquisa contínua via internet através de estudos multicêntricos das patologias relacionadas ao trauma.

  • Criar e manter uma fonte ágil de informação para a comunidade neurocirúrgica e especialidades afins sobre os avanços e publicações científicas que possam nos afetar como neurocirurgiões, neurointensivistas e emergencistas.

  • Colaborar no desenvolvimento de novas metodologias ou tecnologias no segmento de TRAUMA.

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